AMEAÇAS A UM EXÉRCITO SEM COMANDO

29/09 – Ameaça interna ao Exército Brasileiro

       Ivo Salvany  – CelCav R/1
      O General de  Exército Guilherme, ex-ministro do STM, escreveu recentemente, e muito acertadamente, sobre graves fatores contemporâneos que estão atuando para a desagregação de nosso Exército. Entretanto, nosso admirável General olvidou a principal força que aproxima e une os homens na face da Terra, a libido, a poderosa pulsão do amor, a energia dos instintos relacionados com tudo aquilo que pode ser abrangido pela palavra “amor”.
     Segundo Freud, Igreja e Exército são massas artificiais, com fortes estruturas  libidinais, isto é, requerem uma coesão interna fundada no amor para se evitar sua dissolução. Nestas instituições há um chefe supremo, na Igreja é o Cristo e no Exército é o Comandante, que, padres e soldados consideram seus excelsos pais  que amam igualmente a todos os indivíduos daquela  massa. Assim, a manutenção da coesão interna destas instituições depende dessa ilusão de infinito amor do pai para filho.

Este inviolável amor paternal  é consagrado  por Cristo quando diz:” O que fizeste a um desses meus pequenos irmãos, a mim o fizeste”. No Exército o Comandante é o grande pai, que ama e defende igualmente todos os seus soldados irmãos, e por isto eles são camaradas entre si e lutam por todos. Isto funciona em todos os escalões de comando, onde sempre há um ilusório pai hierárquico.

     Claro que há lugar para outras idéias da manutenção e fortalecimento  da coesão no Exército: os ideais de Pátria, a Bandeira e os símbolos nacionais, a tradição e glória histórica, etc. Porém, psicologicamente, a principal e maior  força que mantém a coesão no Exército é sua estrutura libinal, que cria, estreita e fortalece  laços afetivos. A negligência dessa poderosa força de coesão, irremediavelmente, leva à dissociação interna e  desagregação da instituição militar.
       Exemplos de desagregação de Exércitos pululam na história das civilizações, onde dentre várias causas desta fatalidade militar prevalece como causa determinante o tratamento sem amor e indiferença que o homem comum recebia dos superiores e líderes, prova cabal de que a essência da coesão da massa artificial reside nas ligações libidinais nela existentes.
    Hodiernamente, um  franco  processo de enfraquecimento e desagregação  das Forças Armadas Brasileiras vem ocorrendo e avulta a cada dia neste país. Desde que, no Exército Brasileiro  vem ocorrendo alarmantemente  um crescente número de evasão de seus oficiais e praças, surgimento de conflitos hierárquicos internos, estapafúrdias intervenções judiciais externas que afetam a disciplina e hierarquia, etc. Estas são algumas das  fatídicas  consequências dos paradoxais, irresponsáveis e sistemáticos  ataques governamentais federais,  ignominioso revisionismo histórico  e difamações políticas  orquestradas  contra a instituição militar.
        Um deletério tratamento aos militares sem precedentes em nossa história, vil, frio, sem nenhum amor, apoio e consideração, dispensado a estes pelos recentes  “Comandantes Supremos” das Forças Armadas, Presidentes da República, ideologicamente ressentidos que não se furtam de dar sobejas provas de ódio ideológico, agressões políticas, perseguições midiática e revanchismo mal disfarçado contra os soldados da Pátria. “Comandantes Supremos”   claramente ideologizados  e manipulados por forças criminosas marxistas retrógradas fracassadas,  renegadas no mundo livre, e derrotadas internamente  pelos militares brasileiros.
      Contudo, o mais inesperado, traumatizante e cruel  é a atitude passiva e silêncio obsequioso dos Comandantes  e das respectivas Instituições Militares no inadmissível  abandono à própria sorte  de seus heróicos soldados, que lutaram e deram suas vidas, nas décadas de 60 e 70,  em plena guerra fria, em defesa das  liberdades democráticas ocidentais, da democracia liberal e da paz social  neste país, que hoje podemos desfrutar .
        O cenário atual é de alerta  “vermelho” para a grande  Nação brasileira honesta, racional,   democrática e liberal,  diante da magnitude do perigo da progressiva destruição e cessação dos laços afetivos e da confiança nos Comandantes, forças libidinais essenciais que mantêm a massa militar coesa e disciplinada.  É sabido que a derrocada  das Forças Armadas é permanente  objetivo  estratégico da cartilha marxista internacional,  estratégia  em clara execução no Brasil,  que, fatalmente,  poderá  levar o País a uma nova era de ódio, violência interna entre irmãos pátrios e ao fim da paz social.
      Deste modo, diante da atual conjuntura política e militar,  pode-se concluir   com absoluta certeza  que, hoje, o maior inimigo e principal ameaça ao Exército, demais Forças  Armadas e, em recorrência, à nação brasileira, absurdamente,  é seu próprio “Comandante Supremo” e seus irresponsáveis acólitos partidários revanchistas.
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